Conselho de odontologia alerta para venda de clareadores dentais na web

30 de novembro de 2015

Conselho de odontologia alerta para venda de clareadores dentais na web

Prática ilegal no país e que causa riscos à saúde tem crescido no Amapá.
Conselho regional orienta a recomendação de um dentista para uso.

John PachecoDo G1 AP
Clareadores caseiros precisarão de prescrição médica (Foto: Reprodução EPTV)
Vendas de clareadores dentais exigem prescrição
médica (Foto: Reprodução EPTV)

A busca por um branqueamento rápido e barato para os dentes através da compra de clareadores na internet pode trazer riscos para a saúde, se mal utilizado ou se o produto for de qualidade duvidosa. O alerta é do Conselho Regional de Odontologia do Amapá (CRO-AP), que apontou um crescimento da prática no estado, que é considerada ilegal no país desde janeiro de 2015.

Com as novas regras, fixadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a compra de clareadores dentais só pode ser feita com prescrição de dentistas. O CRO explica que o uso inadequado, feito, muitas vezes, sem orientação, pode causar ferimentos na raiz e nas gengivas, provocados pela alta concentração de produtos químicos nos equipamentos.

O conselho reforça que pretende denunciar à polícia os casos que forem detectados. A venda ilegal não se aplica somente aos branqueadores, mas também a aparelhos dentários e acessórios. “Isso é crescente no Brasil todo. Vamos visitar a delegacia do consumidor e denunciar esses casos”, falou Nazareno Ávila, presidente do CRO-AP.

Fiscal, secretária-geral e presidente do Conselho de Odotologia do Amapá (Foto: John Pacheco/G1)
Equipe do Conselho de Odontologia do Amapá
(Foto: John Pacheco/G1)

No estado, a entidade ainda fiscaliza clínicas e lojas de próteses para combater condições irregulares de atendimento, além do exercício ilegal da profissão, acrescentou a dentista Adriana Gato, secretária-geral do conselho.

“São pessoas que não têm formação de nível superior, uns têm a formação técnica, outros nem têm. Já vimos pessoas atendendo de forma desumana, com práticas de extração que a gente não utiliza mais. Quem paga mais barato por isso não sabe o risco que está correndo”, frisou a secretária.

Dentro das fiscalizações, a entidade tenta coibir também a propaganda irregular por parte de clínicas dentárias, como promoções na internet ou nas ruas que ofereçam aparelhos ou serviços de graça em troca da preferência pelo atendimento. Essa norma está descrita no Código de Ética da categoria, informou o fiscal Nidaulino Távora.

Fonte: G1

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